REFLEXÃO SEMANAL:

SOBRE NOVOS AMANHÃS

A reconstrução da sociedade brasileira, com alicerces mais democráticos, tecnológicos e humanísticos, se tornando está na maior aspiração de muitos milhões de cidadãos, principalmente os mais conscientes. Até os menos comprometidos com as manifestações comunitárias, desatentos para os sinais explícitos de emergentes e desagradáveis fenômenos de massa, reconhecem que o atual desenvolvimento econômico-social do país não está superando as mil e uma indisfarçáveis armadilhas da miséria, tampouco garantindo uma vida minimamente digna para os que se encontram às portas da chamada pobreza geral.

Nos últimos 40 anos, um modelo econômico perverso foi edificado por uma elite política, fisiológica e imediatista em sua quase totalidade, que enxerga solidariamene muito pouco e que não entende patavina de participação social, excetuando-se nos meses que antecedem as eleições, quando então se metamorfoseiam em intrépidos defensores de pobres e oprimidos. Num inconformismo apenas verbal, que mascara um estupidificante conformismo prático, iludindo os menos prevenidos e cautelosos, os despolitizados de sempre, eternas presas fáceis dos sectários, que prometem aqui, de imediato, um paraíso terrestre, sem comandantes nem comandados, o Estado Absoluto tomando conta de tudo e de todos, para felicidade geral das … “panelinhas”. Os resultados divulgados por instituições científicas brasileiras idôneas, após quase quatro décadas de desumanos arrochos, não poderiam ser piores: estamos situados num humilhante lugar na escala mundial de desenvolvimento humano, além de possuidores de uma das piores distribuições de renda da área mundial dita civilizada. Em outras palavras: desprezou-se a Educação Básica e Fundamental, as políticas consistentes de saúde pública ficaram no ora veja, a política habitacional beneficiou um percentual mínimo da classe despossuída, o transporte de massa virou drama cotidiano, atualmente com apedrejamentos múltiplos dos coletivos, com as tarifas públicas sendo uma das forças estranguladoras das já minguadas rendas familiares. Asfixiou-se a cidadania de dezenas de milhões de brasileiros em troca do acelerado enriquecimento de uma minoria, perpetuando uma situação cavilosa, repleta de descabidos privilégios, de amanhãs quiçá irreversíveis.

Hoje, a População Brasileira está a necessitar urgentemente de:

– Um amadurecimento mental com serenidade comportamental decisória;

– Uma Espiritualidade mais racional;

– Uma convivialidade comunitária dialogal consistente;

– Uma profissionalidade geral contemporânea;

– Uma educação crítico-construtivo-libertadora;

– Uma maior densidade filosofal;

– Um acentuado aprimoramente tecnológico; e

– Uma relação internacional mais apropriada, através de novas pontes, sem murros, berros e ameaças;

– Uma coletiva CCCC – Criatividade Comunitária, Consciente e Construtiva;

– Um sistema de Bíbliotecas Públicas para todos os gostos e gerações; e

– Um eleitorado mais consciente das suas responsabilidades eletivas.

No mais, sempre disseminar uma orientação em todas as regiões:

Pensar pouco evolui nada, todos no final compondo manada.